quinta-feira, 14 de abril de 2011

"Fatalidade" nos rodeios

Fatalidade. Assim a organização de rodeio de Bragança Paulista determinou o acidente que levou a morte do toureiro Gustavo Daniel Pedro, de apenas 21 anos.


            Como pode ser considerada fatalidade algo tão recorrente nos diversos rodeios mundo a fora? Basta digitar no Google “acidente em rodeios” e inúmeros casos serão listados. A todo tempo, diversas pessoas perdem suas vidas nessa violenta e bárbara competição, que além de perigosa para o peão e até para quem assiste, trata-se de um ato de tortura contra os animais.
Os touros, que chegam a pesar uma tonelada, têm os testículos amarrados para que fiquem mais irritados e tornem as provas mais “eletrizantes”. Além de serem cutucados com as esporas dos peões, cutucadas estas que valem pontos na competição. Ou seja, com um animal deste porte extremamente irritado, qualquer deslize pode ser fatal.
Como se já não fosse difícil ficar no lombo do bicho nessas condições, ainda é necessário que o peão segure-se a ele com apenas uma das mãos e permaneça ali por 8 segundos. A competição é tão violenta que, em torneios oficiais, é necessário que o peão use vários equipamentos de segurança, tentando amenizar as conseqüências dos corriqueiros acidentes. Infelizmente, como no caso do Gustavo, essa proteção não é suficiente.
O evento, em alguns casos, põe em risco até mesmo a vida de quem está ali apenas para assistir. Não são raros os casos em que os touros incontroláveis invadem a arquibancada, ferem e até matam pessoas.
Os rodeios oficiais são regularizados pelo governo e ser peão é considerado uma profissão. Entretanto, ainda ficam no ar algumas questões... Há segurança para se exercer essa profissão? De que forma os animais são tratados? Enfim, os rodeios realmente valem à pena?

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